segunda-feira, 15 de junho de 2009

Viver e Morrer




"Todo mundo morre sozinho". Pensar que somos todos sozinhos no mundo, e que laços familiares e afetivos são apenas temporários é mais libertador do que deprimente. Precisamos estar sempre conscientes do nosso "eu mesmo", e garantir que ele exista independentemente de qualquer outro.

As pessoas vêm e vão o tempo todo. Nascem, morrem, mudam de cidade.batem a cabeça e ficam com amnésia, ou então ficam apenas esnobes mesmo e começam a te ignorar. Acontece todos os dias, e é essencial sabermos lidar com isso. Para começar, não levar nada para o lado pessoal, lembrando que também para os outros somos nós quem vamos embora, morremos, etc.

Também é importante deixar que as pessoas vivam suas próprias vidas, e que nos deixem viver as nossas. Se sua vida é tão desinteressante que você prefere se intrometer na vida dos outros, você a está desperdiçando. Hora de repensar seus objetivos. Vale aqui o bom e velho "viva e deixe viver". Ênfase no "viva".

Além disso, viver e morrer sozinho não nos impede de ter amigos - também eles são todos sozinhos nessa vida, assim como nós. Curtir a solidão da existência em grupo é muito mais agradável, e ajuda cada um a compreender melhor sua própria solidão e a conviver com ela de maneira saudável.

Você pode se casar, ter filhos, família, igreja... Não adianta. À noite, no escuro, é só você, ali, enrolado no colchão. Você e as vozes na sua cabeça.

Melhor aprender a conversar com elas amistosamente.

Um comentário:

  1. Fala aí guri... Gostei do blog, particularmente deste texto.
    É bem verdade que nós enquanto indivíduos estamos constantemente nos privando de “viver”, é normal escutar um amigo dizer que deixou de fazer algo por medo da opinião alheia ou por temer as mudanças da vida. E isso não se restringe apenas as outras pessoas, acontece também com a gente, e mesmo quando temos total consciência de que estamos nos limitando, não conseguimos fazer diferente... É sempre preciso lutar;
    Vivemos em sociedade, mas não nos comportamos como pessoas sociais, Nos escondemos do mundo em que vivemos cada vez mais, nos isolamos com a desculpa de estarmos fugindo da violência que acontece fora dos muros de nossas casas, mas não nos damos conta que muito pior que a violência urbana é a violência humana, em que ignoramos nossos semelhantes nas ruas, viramos a cara para não precisarmos ajudar o outro que sente fome, só para não ficarmos tristes, agredimos quando fingimos não ver a necessidade dos menos favorecidos.
    Vou favoritar teu blog no meu!

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